Será que a culpa é mesmo das estrelas ?

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Hazel Grace

Hazel é uma personagem do livro A culpa é das estrelas do John Green. Ela tem 16 anos, olhos verdes, pele clara e cabelo curto. Ela é uma leitora voraz, adora o reality show America’s Next Top Model e seu livro favorito é Uma Aflição Imperial e considera o autor, Peter Von Houten, seu terceiro melhor amigo. AHazel tem câncer de tireoide com metástase nos pulmões e é uma paciente terminal. Ela vive em Indianópolis, é inteligente, tem ideias afiadas e uma sensibilidade própria.
“– Você é tipo uma Natalie Portman milenar. Tipo a Natalie Portman em V de Vingança.” – Augustus Waters
Hazel foi diagnosticada com câncer na tireoide em estágio avançado aos 13 anos e seu quadro inclui metástase nos pulmões. Ela passou por uma cirurgia, radioterapia e então quimioterapia, mas não conseguiu resultados satisfatórios. Contrariando as expectativas iniciais dos médicos, aos 14 anos, devido a um remédio experimental, seus tumores nos pulmões diminuíram e desde então ela vive com doses diárias desse medicamento, ofalanxifor, tanques de oxigênio, uma espécie de carrinho com rodas e cânulas no nariz.
Ela é uma personagem que não quer ser definida pela sua doença. Ela não fica remoendo o fato de estar doente e também não mergulha em autopiedade. Ela é alguém forte, sarcástica, passional, carismática, tem um humor peculiar, trata a doença com despretensão e é muito realista, ela sabe que está doente e que irá morrer mais cedo do que as outras pessoas. Para ela não existe realmente esperanças, somente a certeza de que 1º) Ela irá morrer logo e 2º) Ela deixará pessoas tristes quando isso acontecer. No entanto, por trás das tiradas sarcásticas é possível perceber tristeza e angústia em certos momentos.
“Alguns infinitos são maiores que outros (…) Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Queria mais números do que provavelmente vou ter…”
Hazel tem pais protetores, e ambos são seus dois melhores amigos, e ela se preocupa muito com sua família. Sua mãe se dedica quase exclusivamente a ela e seu pai chora com frequência, ambos são pessoas marcadas pela dor e pela fatalidade do destino. A dor que ambos sentem e a consciência que possuem de que cada momento que a filha deles vive pode ser o último é carregado de drama e também impotência perante a situação. A Hazel se preocupa muito com ambos e em como eles irão ficar depois que ela partir e espera que eles consigam ter uma vida normal. É tocante.
“Passei a maior parte da minha vida tentando não chorar na frente das pessoas que me amavam… Você trinca os dentes. Você olha para cima. Você diz a si mesmo que se eles o virem chorando, aquilo vai magoá-los, e você não vai ser nada mais que uma tristeza na vida deles. Você não deve se transformar numa mera tristeza, então não vai chorar, e você diz tudo isso para si mesmo enquanto olha para o teto. Aí engole em seco, mesmo que sua garganta não queira, olha para a pessoa que ama você e sorri.”
Embora os médicos digam que ela poderá viver por um longo tempo, a Hazel pensa em si como uma granada, algo que pode explodir a qualquer momento. E isso é um dos motivos dela buscar não se envolver muito com as pessoas, ela quer diminuir o estrago que vai causar quando não estiver mais aqui. Quanto maior o número de pessoas que ela ficar próxima, mais cicatrizes ela deixará para trás. E ela é sensível em relação ao outros, ela tem uma boa leitura das outras pessoas e só busca dar para elas o que elas são capazes de aguentar.
Queria não ser uma granada, não ser uma força malévola nas vidas das pessoas que amava.
Hazel conhece o Augustus num Grupo de apoio para crianças com câncer e a primeira conversa deles é pontuada por certo sarcasmo e este costuma estar presente constantemente em suas conversas. Eles se tornam bons amigos rapidamente e têm uma bonita afeição um pelo o outro. Quando estão juntos eles compartilham reflexões e o Gus parece iluminar a vida da Hazel apenas por passar tempo e estar com ela. Eles parecem certos juntos e parecem se sentir da mesma forma em relação ao mundo e ao câncer. Eles se importam muito um com o outro, trazem felicidade para a vida um do outro e estão tentando ver onde eles se encaixam no mundo.
“Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra.”
Gus tira a Hazel de sua concha, pois ele é um apaixonado pela vida e ela passou a desconhecer isso. A jornada pela qual a personagem passa não é depressiva, mas esclarecedora, pois mostra que há esperança para a vida ter momentos maravilhosos, mesmo para um paciente com câncer terminal. A Hazel percebe, graças ao Gus, que mesmo que ela venha a machucar as pessoas que ela ama ao morrer, ela conseguirá curar essas cicatrizes ao viver intensamente, enquanto ela puder.
“(…) E me ocorreu que a ambição voraz dos seres humanos nunca é saciada quando os sonhos são realizados, por que há sempre a sensação de que tudo poderia ter sido feito melhor e ser feito outra vez.” 
Ela não frequenta a escola faz três anos, mas já pegou seu certificado de conclusão do ensino médio e por isso frequenta algumas aulas na MCC, a faculdade comunitária da cidade. A Hazel tem como livro favorito Uma Aflição Imperial que é um livro que não possui final. Ele termina quando a protagonista morre e a Hazel não consegue aceitar esse final. Pode-se estabelecer um paralelo do livro com a vida dela, já que saber o que acontece após a morte de Anna, a protagonista, seria como saber o que vai acontecer depois de sua própria morte.
“Tentei me convencer de que poderia ser pior, que o mundo não era uma fábrica de realização de desejos, que eu estava vivendo com câncer e não morrendo por causa dele, que eu não deveria deixar que ele me matasse antes da hora…”
Hazel é amiga do Isaac, que ela conheceu no Grupo de apoio e da Kaitlyn, que ela conheceu na faculdade. E acho que ela se daria bem com a London Lane de Deslembrança e com a Samantha Reed de My life next door, pois são personagens companheiras, simpáticas, que buscam entender as outras pessoas e também ajudá-las.

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